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A educação como área do conhecimento aponta insistentemente sobre os desafios e necessidades de inovação e elementos de mudança para a superação e respostas às inúmeras demandas. Em uma sociedade complexa, os aspectos da aprendizagem também se tornam complexos. Em congressos de educadores de todos os níveis é áreas são trazidos para discussões temas como: Elementos para a motivação da aprendizagem discente, Metodologias inovadora para a aprendizagem, Papel do professor no processo de aprendizagem dentre outros que anunciam a aprendizagem como um dilema e/ou problema.
O fato é que a educação não mudou. Tudo muda em todo tempo. Muda-se tecnologias, paradigmas, discursos, mas não temos na educação a mesma velocidade para atendermos estes cenários. Desejamos ardentemente que os alunos aprendam, mas utilizamos as mesmas ferramentas, técnicas e posturas com nomes diferentes.
Os professores se ocupam o tempo inteiro no cumprimento de rituais, rotinas e ações que perdem a beleza do maior fenômeno que ocorre na educação, qual seja, a aprendizagem. Ao tratarmos aprendizagem como fenômeno, apenas elucidamos seu continuo e eterno lugar enquanto objeto de estudo. As vezes parece frustrante para o professor quando toma a aprendizagem como um fim em si mesmo.
Assim educadores precisam olhar para o processo de aprendizagem sob uma outra dimensão. Não basta apenas questionar como as pessoas aprendem, mas qual a relação da mente, cérebro, corpo, comportamentos e o mundo externo. Isto independe a área ou nível de atuação do educador.
A neurociências aponta explicações para a compreensão das mais complexas às mais simples atitudes do ser humano pois todo o processo de humanização é de aprendizagem. Ao compreendermos que nossa evolução acontece conforme as necessidades de novas aprendizagens e as consequentes adaptações do sistema nervoso, estamos atentos ao fenômeno da neuroplasticidade que significa a possibilidade de neurônios transformarem sua forma ou função.
Cada vez mais professores precisam compreender esta dinâmica, trazendo estes elementos para a sala de aula. Como será as aulas dos professores que compreendem efetivamente o funcionamento do cérebro? Como farão seus planos de ensino e aula sabedores que existe uma neuroplasticidade intencional em que podemos provocar as transformações anatômicas e funcionais do cérebro de forma intencional com atividades específicas?
Por isto meu convite à esta reflexão. A educação não mudou. Apesar de inúmeros esforços e avanços, na educação olhamos apenas para o contexto dos resultados, idolatramos técnicas e metodologias e nem sempre este olhar converge para o aluno. Aluno? Afinal, que sujeito é este? Não basta falarmos de autonomia, protagonismo sem conhecermos a máquina maravilhosa que é o cérebro e seu funcionamento.